Na área de advocacia, a remuneração depende na maioria das vezes do próprio profissional e do nicho de atuação que ele irá atuar.
No entanto, os advogados considerados mais bem-sucedidos financeiramente são aqueles com seu próprio escritório particular, onde não há piso ou teto salarial definido. Quando o profissional é contratado por terceiros, a remuneração tende a ser bem diferente e regulamentada por lei.
Para poder exercer a profissão em toda a sua plenitude, o advogado precisa passar no exame da Ordem dos Advogados do Brasil, que representa a categoria a nível nacional. A primeira fase da prova da OAB em 2023 deve ocorrer em 26 de fevereiro e a segunda fase, em 30 de abril.
Abaixo separamos alguns exemplos de salários praticados no Brasil em cada área da advocacia, desde o Direito Criminal à Defensoria Pública:
- Advogado criminalista: R$ 3.800 a R$ 3.987
- Advogado trabalhista: R$ 3.723 a R$ 5.700
- Advogado civil: R$ 3.648 a R$ 4.700
- Advogado tributarista: R$ 4.376 a R$ 5.500
- Advogado empresarial: R$ 5.006 a R$ R$ 6.800
- Defensor público: R$ 11.200 a R$ 16.489
Quanto ganha um advogado recém-formado no Brasil?
Dúvida recorrente entre os estudantes e formandos da faculdade de Direito, a remuneração da classe pode variar muito, não apenas devido à área de atuação no mercado, mas a região em que se atua, o nível de especialização e o porte da empresa contratante.
Na média, um advogado recém-formado ganha entre R$ 2.500 a R$ 4.000 por mês.
Como é definido o salário de um advogado?
O cálculo de remuneração é estimado com base no piso definido por lei e o chamado piso ético da categoria.
O piso salarial é compreendido “como o menor valor de salário que pode ser pago dentro de uma categoria profissional específica. O piso é necessariamente superior ao salário mínimo vigente, e pode ser fixado tanto por lei, quanto por sindicatos (dentro da região que aquele sindicato abrange)”.
Em alguns estados brasileiros, o piso é definido por lei. Quando não há legislação ou jurisprudência na região, a OAB sugere um piso ético. Estados como Minas Gerais, Acre, Ceará, Tocantins e Espírito Santo não possuem piso salarial.
Os pisos salariais definidos por lei variam de R$ 1.307,29 (Mato Grosso do Sul) a R$ 2.589,47 (Distrito Federal) para carga horária diária de 4 horas e R$ 2.434,79 (Mato Grosso) R$ 4.000,00 (Sergipe) para 8 horas diárias.
Remuneração no setor público
Dentro da estrutura do Estado, o advogado recém-formado que passa em concurso público pode experimentar salários iniciais bem mais atrativos do que em um escritório de advocacia tradicional do setor privado.
Não à toa, há uma concorrência altíssima no setor por estes cargos.
Uma coisa é consenso: o profissional que deseja seguir a carreira pública terá que estudar muito e ser resiliente, uma vez que são raras as chances dele passar de primeira em um concurso.
Também é comum que os formados em Direito passem anos estudando para ingressarem na esfera pública, que requer alto nível de conhecimento técnica e força emocional.
Na divulgação dos aprovados em concursos também há uma prova de títulos, onde, em caso de empate, o candidato com mais certificados leva a vaga.
Dentro da esfera do Ministério Público e da Magistratura, há em alguns casos a quarentena de entrada, que exige 3 anos de prática jurídica para a posse ser efetivada. Desta forma, esses concursos não são adequados para os advogados recém-formados.
Abaixo, confira alguns salários da carreira jurídica pública, que está sob o guarda-chuva do Poder Judiciário:
- Juiz Federal: R$ 21.537,64;
- Juiz Estadual: R$ 16.000;
- Promotor de Justiça: R$ 12.000;
- Defensor público: R$ 11.200;
- Delegado: R$ 9.000;
- Procurador: R$ 26.000;
- Desembargador: 30.000;
É importante ressaltar que as carreiras estaduais dependem de cada estado da federação.
Agora que você tem uma boa noção de quando um jurista recém-formado no Brasil pode ganhar, talvez seja uma boa hora para se preparar ainda mais para este mercado de trabalho, a começar pelo conhecimento no calendário da OAB.